Nasceu em Oeiras, Pi aos 06 de novembro de 1869, filho de
Fontenelle César Burlamaqui e de Lídia da Silva Conrado. Transferiu-se de sua
terra natal inicialmente para o Recife, e em 1892 chegou a Areia Branca, sempre
como auxiliar da casa de comércio “Alexandre de Souza Nogueira”.Naquela cidade,
onde foi presidente da Intendência no período de 1899 a 1901, casou-se em
primeiras núpcias com Cecília de Souza Filgueira, e por morte desta,
consorciou-se com Luiza de Souza Filgueira, ambas filhas de Trajano Filgueira
de Melo, membro da tradicional família Camboa.
De sua experiência administrativa naquela cidade conheço um
único registro feito por Luis Fausto de Medeiros no livro “Minhas Memórias de
Areia Branca”.Em sessão extraordinária, no dia 13 de julho de 1901, sob a
presidência de Tibério Burlamaqui, a intendência do município de Areia Branca
discutiu a lei nº 639 de 19 de julho de 1901 que elevava Grossos à categoria de
vila do Termo de Aracati. Tibério considerou a lei inconstitucional e
qualificou-a de esbulho. Era a famosa questão de limites entre o Rio Grande do
Norte e o Ceará.
Mudando-se para Mossoró em 1904, estabeleceu-se no bairro
Paredões, hoje quase centro da cidade, naquela época, esconso subúrbio. Dali,
preso a uma cadeira de rodas, qual prometeu acorrentado, participou com sua
poesia, da vida intelectual da cidade.
FONTE – MARCOS FILGUEIRA
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